CDL Patos de Minas
CDL Patos de Minas
CDL Talentos
SPC Brasil
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • E-mail
(34) 3818-3400

Cheque especial e cartão de crédito mantêm taxas altas

09 MAR 2012

Alheias aos sucessivos cortes da Selic iniciados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em agosto do ano passado, as taxas de juros para cartões de crédito e cheque especial não sofrem qualquer efeito de queda com as medidas anunciadas pelo governo. No caso deste último, o comportamento é, inclusive, contrário ao esperado pelo colegiado. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), entre julho de 2011 e janeiro deste ano, o custo de utilização do cheque especial passou de 8,27% para 8,34% ao mês, alta de 0,07 ponto percentual. No ano, os juros foram de 159,48% para 161,5%. No mesmo período, a Selic saiu de 12,5% para 10,5%.

Economistas advertem para riscos da taxa básica de juros muito baixa BCE mantém taxa de juros em 1%, em linha com estimativas Bancos compensam Selic menor com seguros e cartões

O cenário não se mostra animador para o consumo. Mesmo com a taxa referencial caindo 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano, os juros para essa modalidade de crédito ainda serão maiores do que os de julho do ano passado. Cálculos da associação preveem que o índice chegue a 8,28%, praticamente se equiparando aos 8,27% praticados há oito meses.

O cartão de crédito, por sua vez, não esboçou qualquer mudança e manteve a taxa mensal cravada nos 10,69% entre julho de 2011 e janeiro deste ano. A Anefac até prevê uma ligeira queda, para 10,63%, mas as últimas estimativas do órgão foram frustradas e o mercado manteve os juros para quem cai no rotativo. Para ter uma ideia, caso a dívida com o cartão se prolongue por um ano, o débito será ampliado em 238,3%, ou seja, mais de três vezes acima do valor original.

O coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Fundação Ipead/UFMG, Wanderley Ramalho, é categórico. “As taxas de cartão de crédito e cheque especial não mudam na ponta do consumo. Isso é algo inexplicável”, pondera. Sem contar que, sendo o meio de pagamento mais utilizado para as compras, os consumidores não veem estímulo para comprar – o que seria, justamente, o objetivo do afrouxamento da política monetária.

Para o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, o impulso ao consumo vem de outras percepções, muito mais psicológicas. “Infelizmente, as pessoas não percebem a queda dos juros porque estão mais preocupadas se a parcela cabe no bolso. A redução dos juros básicos contribui, sim, para que a população acredite que a economia vá melhorar e que os empregos serão mantidos”, afirma.

Queda rápida

Outras formas de crédito registraram queda expressiva nos últimos meses. A taxa do empréstimo pessoal concedido pelos bancos passou de 72,83% ao ano, em julho, para 59,92% em janeiro e pode passar para 58,81% com a nova Selic de 9,75%.

Nessa quinta-feira, o Banco do Brasil já anunciou novas taxas para diversas linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Um dos exemplos é o crediário para compra de material de construção, que passou de 2,30% ao mês para 2,26%, e o crédito para veículo que foi de 1,32% para 1,29% ao mês. As demais instituições financeiras ainda avaliam as mudanças.

As concessionárias esperam para hoje uma nova tabela dos bancos e financeiras. “Os reajustes têm chegado rápido. Os bancos estão ágeis porque querem sair na frente dos concorrentes”, pondera o gerente comercial da concessionária Ford Pisa, Antônio Longuinho. Atualmente, as taxas médias são de cerca de 1,5% ao mês. “Mas já chegaram a 1,9% no ano passado”, lembra Longuinho.

 

Fonte: Estado de Minas

 

https://cdlpatos.com.br/noticias/cheque-especial-e-cartao-de-credito-mantem-taxas-altas

Sistema CNDL

Fale conosco