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Governo segura IOF para conter o dólar

14 MAR 2012

O governo vinha ameaçando, ontem deu uma mordida e o dólar fechou em R$ 1,805, maior cotação desde 9 de janeiro (R$ 1,8347). A artilharia para conter a desvalorização da moeda americana foi reforçada com a publicação de decreto que amplia de três para cinco anos o prazo pelo qual operações de captação externa sofrerão incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6%. Com isso, o Ministério da Fazenda “pune” essas transações de empréstimos no exterior a curto prazo, restringindo o círculo de operações que estarão isentas. A reação imediata do mercado, ontem, com a alta de 1,18% no valor do dólar, indica expectativa de que o governo adote novas medidas nesse sentido. No dia 1º, já tinha elevado o prazo, de dois para três anos, depois de, em 2011, ter aumentado de um para dois anos.

O Ministério da Fazenda explicou, em nota, que a decisão de ampliar para cinco anos o prazo de majoração do IOF nos empréstimos externos é "mais uma medida para reforçar sua decisão de reduzir o fluxo de capital especulativo que entra no país para obter ganhos com a diferença entre os juros cobrados nos países avançados e a taxa básica de juros brasileira". A medida foi publicada no Diário Oficial da União de ontem, por meio do Decreto nº 7.698. “A nova ampliação do prazo tem caráter prudencial e reforça a decisão do governo, anunciada no dia 1º de março pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de restringir a entrada de capital estrangeiro para aplicações de curto prazo no país", destaca o comunicado.

Para o consultor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, a ampliação do prazo tem cara de sinalização de que governo se prepara para mais medidas. “Manter o dinheiro aqui por mais tempo é indicativo de beneficiamento dos investimentos para o setor produtivo”, acredita, lembrando que enquanto nos EUA a dívida média está acima de 15 anos, no Brasil fica abaixo de três. O resultado da variação cambial ontem ampliou a valorização do dólar acumulada nas últimas sete sessões em campo positivo para 5,43%. Em março, o ganho contabilizado é de 5,19%, mas, no ano, a desvalorização do dólar ainda é de 3,42%. “Se o real voltar a se valorizar, novas medidas virão. A preocupação com isso puxou o mercado para baixo, pelo aumento do risco”, acredita Daoud.

MERCADO -  Ele se refere ao dia no vermelho que a Bovespa enfrentou, encerrando a segunda-feira em baixa de 0,48%, aos 66.334,76 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 5,697 bilhões – abaixo da média diária no ano, de R$ 7,208 bilhões. Os investidores amanheceram preocupados com a situação da economia chinesa por causa do déficit comercial de US$ 31,48 bilhões em fevereiro, depois do superávit de US$ 27,28 bilhões em janeiro. O dado pesou sobre as exportadoras de commodities, principalmente as mineradoras. 

 

Fonte: Estado de Minas

https://cdlpatos.com.br/noticias/governo-segura-iof-para-conter-o-dolar

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